IMPACTO AMBIENTAL DE ABATEDOUROS CLANDESTINOS ( o que inclui dos abatedouros clandestinos de cavalos):
A falta de fiscalização nos estabelecimentos não só envolve a falta de profissionais em órgãos fiscalizadores (isso nos grandes centros), pois em longínquas regiões do Brasil, envolvem também as questões sociais. Muitos estabelecimentos de abates, são clandestinos e é a única fonte de renda da população desses locais, então, além da falta de fiscalização, há a manipulação política e repressão dos donos desses estabelecimentos.
Além do grande perigo para a saúde da população consumidora dos produtos de origem animal, há o grandíssimo malefício ao meio ambiente. Os locais de abate variam de simples pranchas de abate até matadouros muito modernos. Nos matadouros clandestinos, os animais são abatidos, a seguir o sangue, o couro ou pele, órgãos internos são retirados.
A carcaça é cortada e transformada em diferentes produtos através de: cortes, cura, embalados ou enlatamento. São produzidas grandes quantidades de despojos comestíveis e não comestíveis. A maior parte destes produtos poderia sofrer processamento e ser utilizados, mas isto nem sempre acontece. Os subprodutos são frequentemente desperdiçados e atirados ou descarregados nas águas de superfície ou deixado a céu aberto, causando impacto ambiental.
No processo de abate, os seguintes subprodutos e resíduos ficam disponíveis: (1) estrume, conteúdos do rúmen e intestinos; (2) produtos comestíveis como o sangue e fígado; (3) produtos não comestíveis como pêlo, ossos e penas (no caso da avicultura); (4) gordura retirada das águas residuais; e (5) águas residuais. Do ponto de vista econômico e ambiental muitos destes produtos residuais poderiam ser transformados em subprodutos úteis (para consumo humano, comida para animais de companhia, indústria de rações ou fertilizantes). Abate feito em más condições, falta de equipamento para processamento dos subprodutos, pequena quantidade de subprodutos e baixo valor final contribuem para a produção de resíduos dos matadouros.
O uso liberal da água leva a grandes quantidades desses resíduos. A descarga direta de águas residuais não tratadas nas águas superficiais ou no sistema público de esgotos causa maus cheiros, água pobre em oxigênio e problemas sanitários e ambientais.
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A má gestão dos resíduos dos Processos de Processamentos provoca: Descargas de Compostos Orgânicos e Inorgânicos, Solúveis e Insolúveis nas Águas Residuais (Os resíduos deste processo são muitas vezes eliminados sem tratamento nos sistemas de esgotos públicos, ou em muitos casos diretamente em esgotos abertos ou cursos de água, bem como, são também descarregadas diretamente em terrenos agrícolas, com a intenção de eliminar os resíduos e simultaneamente irrigar e fertilizar os solos); Eliminação de Resíduos Sólidos (Como alternativa os resíduos sólidos são por vezes usados como entulho e não incinerados. O resultado final é geralmente o mesmo, já que os compostos orgânicos se infiltram nos sistemas aquáticos) e finalmente,
IMPACTO AMBIENTAL: o mal causado ao meio ambiente pelos abatedouros de cavalos é antigo e bem documentado. Especialmente no caso de abatedouros clandestinos (a maioria) não há condições apropriadas para dispor de muitos dos restos que são descartados, como urina, fezes, entranhas, ossos, cabeças e sangue (cavalos têm o dobro da quantidade de sangue de uma vaca). Estes elementos atraem insetos que transmitem doenças, poluem fontes de água, cães costumam levar ossos para locais habitados e causam mau cheiro e poluição visual. Os descartes de sangue e tecidos carregam traços de medicamentos próprios para cavalos, mas impróprios para humanos e que, se caem em fontes de abastecimento de água, podem causar dano à saúde da população.
MOTIVOS PARA SE OPOR: O caráter cruel e desumano do abate de cavalos já foi há muito tempo observado e denunciado, mesmo em paises do primeiro mundo. Os animais sofrem durante o transporte inapropriado, em locais com poucos recursos/clandestinos costuma-se usar uma faca pontuda para golpear o animal na coluna causando paralisia e então é pendurado por uma corda e esquartejado, muitas vezes ainda vivo. Segundo o Dr. Nicholas Dodman, professo de veterinária e de comportamento animal nos EUA “O abate de cavalos não pode de modo algum ser considerado por veterinários profissionais como uma forma de eutanásia.”
FOTO: http://monlewood.blogspot.com.br/2015_04_01_archive.html por Fernando Fonseca Garcia