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Santuário para animais que não são o que dizem:novo problema, nova moda.


A partir do início deste tem ficado cada vez mais clara a presença e o surgimentos de Santuários particulares para animais de grande porte no meio da proteção e do ativismo dos direitos dos animais.

Durante muitos anos venho me empenhando em mostras a necessidade deste tipo de abrigo para animais, de grande porte abandonados, abusados, resgatados por todo o país. Isso porque quem trabalha no meio sabe que não são apenas animais domésticos como cães e gatos que precisam de um local para ser encaminhados após serem salvos de muitas situações de abuso e maus tratos.

Porém temos visto uma coisa bastante triste acontecer. O IBAMA não contempla a figura do Santuário como forma de salvaguardar de proteção para animas explorados e mau tratados. Apesar de existirem reservas e parque que protegem a fauna, estes casos são dirigidos à fauna silvestre e nativa.

Animais de grande porte, os ditos animais de trabalho ou de fazenda, não contam com um dispositivos que ofereça um local para onde encaminha-los em caso de abuso e exploração ou abandono. No máximo podem contar com CCZs e canis das prefeituras locais, que não estão aptos para o trabalho nem podem manter estes animais por longo tempo e assim recorrem a leilões e adoções nos quais a maioria destes animais acaba nas mãos de novos exploradores.

Desta demanda e da demanda por parte dos ativistas e protetores, começou a aparecer gente interessada em cobrir esta lacuna. O que ocorre é que não há fiscalização das autoridades nos ditos Santuários que surgem cada vez mais. A maioria não esta capacitada para fazer o trabalho sem contar com o grande gasto que ele exige.

Pessoas compassivas com um pouco de terra a disposição acreditam poder cumprir este papel sem terem a menos noção dos gastos e das necessidades deste tipo de animal. Com um pouco de paciência qualquer um pode checar na internet a existência destes "santuários". Infelizmente a grande maioria das pessoas também não esta apta a perceber a falta de condição dos mesmos ou o manejo errado dos animais.

Esta febre de resgates de animais de grande porte e criação de "santuários" que muitas vezes nem mesmo prestam contas à comunidade de ativistas e protetores ( nem a à população em geral como deveriam) abre caminho para muita malandragem também; que difícil de descobrir e para a qual as autoridades fecham os olhos e não fiscalizam sequer os procedimentos envolvidos.

Acreditamos que esta nova moda pode trazer mais problemas do que benefícios se as pessoas envolvidas não procurarem de capacitar para o trabalho que deve ser feito em um santuário e se as autoridades não comparecerem mais cumprindo sua obrigação para com a fauna do país, segundo nossa Constituição.

Fica o alerta e o pedido para que ativistas e protetores sejam mais críticos, mais bem informados e não poupem esforços na cobrança de informações regulares das atividades dos santuários e da prestação de contas dos mesmo. O trabalho não acaba com a entrega do animal ao santuário. Precisa haver acompanhamento por parte da sociedade e transparência por parte daqueles que se propuseram a fazer este trabalho, muitas vezes com doações das mesmas pessoas as quais recusam informações sobre o andamento da instituição.

Assim, uma atitude de ajuda pode facilmente se transformar em forma de golpe ou em um local extremamente cruel para os animais lá instalados. Mais uma vez dizemos: O ATIVISMO E A PROTEÇÃO PRECISAM SE PROFISSIONALIZAR COM URGÊNCIA!


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